Cenário-do-E-commerce-no Brasil

O crescimento do e-commerce aconteceu de acordo com o contexto de cada ano, de cada semestre, passando algumas vezes por graves e variadas crises.

Entretanto, em muitos momentos pôde ter resultados contraditórios aos de outros negócios que passavam por momentos difíceis.

Para que você entenda mais sobre o cenário do e-commerce no Brasil, no texto de hoje conversaremos sobre este assunto.

Evolução do E-commerce no Brasil

O e-commerce surgiu na década de 1970, nos Estados Unidos, quando companhias usavam um recurso de compartilhamento de arquivos e documentos relacionados a negócios, com outras empresas.

No Brasil apontam que a Booknet, uma loja de livros, foi o primeiro negócio de vendas online.

O comércio eletrônico começou a ficar popular por aqui em 1999, com o fenômeno da internet discada.

As possibilidades da venda online eram novidades para a época. As lojas funcionavam 24 horas/dia, sete dias por semana; ofereciam uma grande variedade de produtos e serviços; podiam ser acessadas com relativa velocidade e, às vezes, tinham cobertura internacional.

Então, basicamente, o e-commerce foi se desenvolvendo e se aprimorando paralelamente à evolução da internet e ao desenvolvimento de novos dispositivos tecnológicos.

Os números da venda online há 10 anos atrás

A Ebit|Nielsen, “plataforma de opinião de consumidores do Brasil” (fonte: Ebit), coleta e analisa dados do mercado brasileiro de e-commerce.

  • Um dos relatórios da plataforma mostrou que as vendas online somavam mais de R$8 bilhões só no primeiro semestre de 2010.

  • Essa foi uma época em que sites dessa categoria começaram a fazer muito sucesso, a prosperar de maneira significativa. Foi um ano de muita concorrência entre as lojas, confronto que tirou muitas de atividade.

  • A 23ª edição do relatório WebShoppers, que é realizado pela Ebit, traz o dado de que em 2010, no Brasil, o comércio eletrônico apresentou um faturamento de R$14,8 bilhões, resultado que superou as expectativas.

  • Esse valor representou um crescimento de 40% em relação aos R$10,6 bilhões do ano anterior, 2009. A participação do e-commerce no varejo total era de 4,5%, consequência do aumento do número de consumidores nesse mercado.

Também são fatores que influenciaram essa estatística, preços mais acessíveis, melhores condições de compra e maior confiança em lojas já conhecidas e consolidadas. Os consumidores protagonistas foram as mulheres e pessoas de baixa renda.

A categoria dos eletrodomésticos estava em alta. A copa do mundo teve um papel relevante na impulsão dos números de venda online em 2010, o que foi relativo à venda de televisores. Esse período e seus números demonstraram o considerável aumento da confiança dos consumidores brasileiros nesse tipo de comércio.

Em 2010 também foi notável o fenômeno dos sites de venda coletiva. São sites que oferecem várias ofertas, com prazo de validade, de serviços e produtos, para consumidores em potencial, que são divididos em categorias que envolvem, principalmente, a localização.

Como está esse cenário hoje?

Os avanços nos últimos 10 anos foram significativos. O varejo movimenta R$1,4 trilhão por ano, e as vendas no varejo no Brasil representam 20% do PIB do país (fonte: Estudo da SBVC), isso pode significar que o mercado de vendas online tem um espaço enorme para crescer.

43ª edição do estudo Webshoppers

O Webshoppers é um estudo, de muita credibilidade, sobre o comércio eletrônico brasileiro realizado pela Ebit|Nielsen desde 2001.

*As informações mencionadas a seguir estão disponíveis na versão free do estudo.

Em 2020 o e-commerce chegou à marca de mais de R$87 bilhões em vendas. Esse número representa um aumento de 41% em relação ao ano anterior.

O relatório coloca como impulsionador desse crescimento o aumento da quantidade de pedidos, que só cresceu ao longo dos anos. Um dado muito importante a ser destacado é a evolução do número de consumidores online.

Em 2020, o e-commerce teve 79,7 bilhões de consumidores, dos quais 13,2 bilhões eram novos, o que representa 17% do número total. O estudo ainda traz que os principais caminhos pelos quais as pessoas chegam até as lojas são os sites de busca e as redes sociais.

Causas desses números

Em 2020 surgiram novos hábitos de consumo, novos comportamentos, resultado de novas demandas. A pandemia, e suas exigências, fez com que muitos processos do mercado online fossem acelerados e antecipados.

O consumo de aparelhos eletrônicos, por exemplo, foi bem significativo nesse ano, o que impactou os números de forma considerável.

Também foi um momento no qual, seguindo a aderência de grandes empresas do varejo aos marketplaces, pequenos comerciantes começaram a vender seus produtos pela internet.

Expectativas para 2021

Espera-se que o e-commerce continue evoluindo num bom ritmo, através do crescimento do número de consumidores, da popularização de marketplaces e de lojas online locais e do aprimoramento das técnicas para atender grandes demandas.

Em uma pesquisa, a Ebit|Nielsen conferiu que 95% dos consumidores que fizeram compras online em 2020 têm a intenção de continuar comprando pela internet.

Conclusão

O Brasil tem um dos maiores potenciais do mundo em e-commerce. A tendência é que os números cresçam ainda mais ao longo do tempo. Mas o trabalho precisa ser feito com atenção e responsabilidade.

No Brasil, o consumidor ainda passa por muitas complicações econômicas, estruturais e políticas, o que impacta de forma grave o crescimento do e-commerce. É importante ter a consciência de que o mercado muda constantemente, e também as expectativas e exigências.

Estar atento às mudanças, ter uma boa logística e saber usar adequadamente as ferramentas. O desenvolvimento desse mercado acontece, também, através da adaptação.

about avada business
Team Discussion

Integer euismod lacus magna uisque curd metus luctus vitae pharet auctor mattis semat.

2025
Business Conference
15-18 December

New York City