Embora seja um tema importante e necessário, ainda há setores que não debatem profundamente a questão da diversidade e da inclusão. No entanto, esse cenário pode começar a mudar aos poucos com a participação de cada empresa, seja ela grande ou pequena.

O assunto se tornou tão relevante que foi debatido no Retail’s Big Show (O grande show do varejo, em português) realizado pela Federação Internacional do Varejo (NRF) em 2022.

Quer saber mais sobre o tema e como a realidade atual pode ser mudada? Confira o nosso artigo completo!

Diversidade e inclusão são conceitos diferentes, mas que conversam entre si, dentro e fora do mundo corporativo. Como o nome já indica, diversidade está relacionado àquilo que é diverso, diferente e plural. Já inclusão é o conjunto de práticas e ações que visam combater a exclusão de pessoas, garantindo oportunidades iguais para todos.

O propósito é que pessoas idosas, negras, deficientes, LGBTQIA+ e com qualquer outra característica diferente das que vemos comumente estejam incluídas no varejo e nas empresas que atuam no ramo.

E quando falamos de diversidade e inclusão no varejo estamos falando de profissionais e também de consumidores.

Um estudo feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o site de pesquisas Toluna apontou que as principais insatisfações dos entrevistados que tiveram uma experiência de compra negativa são: dificuldade de acesso à loja, corredores estreitos, dificuldade para pegar os produtos, falta de atendimento e outras.

Isso fez com que 74% dos insatisfeitos optassem por deixar de frequentar a loja para ir em outro local. A pesquisa foi realizada com pessoas que têm ou conhecem alguém que possuem deficiências nas funções motoras inferiores ou superiores, visual e auditiva. A maioria precisa de algum tipo de ajuda para se locomover.

Já no que diz respeito a colaboradores, o portal Isto é Dinheiro afirmou que apenas 16% das mulheres ocupam cargos de liderança no setor de varejo. A informação foi dada com base nos dados do Grupo Mulheres no Varejo. Ou seja, os homens ainda são predominantes nesses cargos e a luta por espaço ainda é desigual.

Embora algumas pessoas definam a busca por diversidade e inclusão como uma tendência, ela é bem mais do que isso. São fatores que precisam ser cobrados e que vieram para ficar. Fazer com que as pessoas se sintam menos excluídas é a melhor forma de contribuir para um desenvolvimento mais igualitário em diversos sentidos.

Infelizmente, ainda é comum que mulheres e homens negros sejam seguidos por seguranças dentro das lojas, que a população LGBTQIA+ não se sinta representada ou que pessoas com deficiência não tenham um atendimento adequado. E isso precisa mudar!

No mercado de trabalho, a situação é bem parecida. Alguns grupos acabam enfrentando bem mais dificuldades para ocupar as vagas. É muito mais comum encontrar brancos, jovens, heterossexuais e homens nas empresas do que pessoas pertencentes a outros grupos. Contudo, é importante incluí-los no mercado.

Durante uma entrevista no Os Sócios Podcast, o especialista em vendas e sócio da VTEX, Alfredo Soares, afirmou que aproximar colaboradores com características parecidas com as dos consumidores acabam deixando-os mais à vontade para consumir.

Criar uma conexão entre os clientes e vendedores pelo WhatsApp fez com que uma grande varejista saísse de um faturamento de R$ 300 mil por semana em vendas de WhatsApp para R$ 8 milhões, segundo Soares.

Os benefícios da diversidade e da inclusão são inúmeros:

Não dá para negar que há alguns anos essa pauta vem sendo mais discutida e algumas ações estão sendo colocadas em prática. No entanto, ainda há muitas coisas para serem mudadas.

Por isso, separamos algumas dicas de atitudes simples que podem contribuir para a diversidade e a inclusão no varejo, tanto para os clientes quanto para os funcionários. Confira!

• Colaboradores mais diversos: No momento da contratação, foque nas habilidades, mas também na diversidade. Se for preciso, crie vagas afirmativas para dar oportunidade a grupos desfavorecidos.
• Espaços adaptados e acessíveis: Pense em soluções que atenda a públicos diversos. Mesmo que a maioria dos seus clientes não tenham nenhum tipo de deficiência, se coloque no lugar das pessoas que não se sentem confortáveis o bastante para comprar com você.
• Sites adaptados: Caso o negócio seja online, invista em acessibilidade para o seu site. Há recursos que facilitam e deixam a experiência de deficientes visuais bem mais positivas;
• Funcionários mais preparados: Grandes empresas estão investindo em treinamentos sobre o tema e as pequenas também podem fazer isso. Sua equipe precisa estar preparada para atender todos os tipos de pessoas de forma empática e correta;
• Buscar soluções de forma contínua: Não pense no assunto como uma obrigação, pense como uma necessidade. As mudanças precisam ser graduais, mas contínuas. Faça parte das empresas diversas e inclusas e contribua com a redução da inclusão e da desigualdade.

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